Reviver o passado... Época: 67/68

🏆 Finalíssima: II Divisão Nacional (67/68)

📆 13 de Junho de 1968

🏟 Estádio do Restelo

Atlético Clube de Portugal 3️⃣🆚2️⃣ União Futebol Comércio e Indústria de Tomar

⚽️ Golos:

0-1 – Numa incursão pela ala direita, aos 16 minutos, Alberto lançou o esférico em profundidade para Djunga que desferiu um potente remate sem preparação em corrida, batendo Botelho inapelavelmente.

1-1 – Decorridos 19 minutos o Atlético estabelece o empate. No meio-campo dos tomarenses, Valdemar centrou para a frente da baliza de Conhé onde Seminário, apesar de lesionado da perna direita, conseguiu com dificuldade atrasar o esférico para Tito, o qual, de frente para as redes, disparou um forte remate sem possibilidades de defesa para o guardião de Tomar.

2-1 – Aos 70 minutos, Seminário, depois de se desembaraçar do defesa tomarense Alexandre, centrou com boa conta e Angeja, de frente para a baliza, rematou com êxito.

2-2 – Aproveitando uma oscilação da defesa do Atlético perante a rapidez do lance, Alberto centrou atrasado para o lado direito e Lecas não teve dificuldade em bater Botelho. Havia 83 minutos.

3-2 – No último minuto um passe infeliz de Cabrita ao seu guarda-redes foi aproveitado por Raul para decidir a partida.

 

 

🔎 Desempenho dos nossos jogadores:

Botelho – Teve actuação de bom nível, não se lhe podendo atribuir culpas nos golos sofridos que resultaram de remates bem colocados e indefensáveis.

Américo – Foi dos defesas mais inseguros.

João Carlos – Começou em bom plano, mas pelo tempo adiante cometeu alguns falhanços comprometedores.

Candeias – Exibição regular. Cortes oportunos e bom sentido de antecipação.

Valdemar – Actuação com altos e baixos. Evidenciou-se no entanto nalgumas descidas ao meio campo do adversário.

Fagundes – Desenvolveu infatigável actividade no "vai-vem" de apoio na manobra de meio campo em que no entanto oscilou um pouco.

Seminário – Sem ser um jogador de grandes primores técnicos, foi todavia de uma combatividade extraordinária.

Raul – Sempre em movimento procurando dar apoio a Seminário e fazer o aproveitamento dos lances de ligação com ele, teve ainda o grande mérito do oportunismo com que explorou a desatenção da defesa contrária para marcar o golo da vitória alcantarense.

Tito – Desenvolveu grande actividade, mas sem dela lograr grande proveito.

Angeja – Foi um dianteiro muito activo no desenvolvimento dos esquemas de ataque, com alguns movimentos que constituíram ameaça para a baliza contrária.

 

 

🗣 "Esta "finalíssima" começou 15 dias antes - na vitória por 0-1 contra o Luso do Barreiro que permitiu jogar esta final. No Barreiro tive uma rotura muscular o que me obrigou a jogar a avançado e o Seminário a recuar para a minha posição na linha defensiva. E esta mudança posicional forçada foi importante pois o nosso golo nasce de uma grande penalidade em que eu driblo dois adversários e sou carregado em falta dentro da área. Chegámos ao dia 13 de Junho e estávamos ansiosos pelo inicio do jogo. Tínhamos perdido duas finalíssimas - contra a AD Sanjoanense e o SC Beira-Mar - e não podíamos perder a 3ª final. O jogo foi sempre muito bem disputado e equilibrado, como o resultado assim o traduz. Felizmente no último lance do jogo fizemos o 3-2 e pudemos festejar em pleno estádio do Restelo com o Angeja a despedir-se dos relvados campeão." - Manuel Candeias

  

Aproveitamos para agradecer ao Manuel Candeias pela oferta do seu espólio desportivo que com toda a certeza vai engrandecer a magnífica sala de troféus do nosso Clube. 👏

#TodosOsCaminhosVaoDarAoAtletico

📰 (“Record”, 15.06.1968 – Crónica de Guita Júnior)

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